domingo, 11 de abril de 2010
o amor
Eu guardei o que nunca soube dar, o amor que tive e vi sem me deixar, sentir sem conseguir provar, sem entregar e repartir. Pra você guardei o amor que sempre quis mostrar, o amor que vive em mim, vem visitar, sorrir, vem colorir solar, vem esquentar e permitir. Quem acolher o que ele tem e traz, quem entender o que ele diz no giz do gesto, o jeito pronto do piscar dos cílios, que o convite do silêncio exibe em cada olhar. Guardei, sem ter porque, nem por razão, ou coisa outra qualquer. Além de não saber como fazer pra ter um jeito meu de me mostrar. Achei, vendo em você e explicação nenhuma isso requer, se o coração bater forte e arder, no fogo o gelo vai queimar. Pra você guardei o amor que aprendi que vem dos meus pais, o amor que tive e recebi e hoje posso dar livre e feliz. Céu, cheiro e ar na cor que arco-íris risca ao levitar...
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