quarta-feira, 10 de junho de 2009

O Exorcista

Você entra furtivamente nesta casa.
Sem aviso, você surge e não quer sair.
De qual prazer você abusou?
Puxão malandro e cospe fora.
Flutua através da cama e molha o colchão.
Você finge estar mudo.
Eu lhe pergunto qual o seu nome e você somente dá um largo sorriso.
Sua risada fede igual a um estrume.
Seus olhos são roxos.
Eu sou um homem de Deus, você está amaldiçoado demônio!
Em nome de Cristo, eu irei te pegar.

Mostre-se
Mostre sua verdadeira face.
Saia dessa alma.
Você não a tem.

Tomou possessão desse corpo.
Parte por parte acaricia a alma.
Você está confuso com a inútil sorte da morte?
Essa vida inocente está me tentando à elisão.
Mas eu irei permanecer até o tempo que você agüentar lutar.
Eu lhe caço. Saia covarde! Me pegue.

Mostre-se
Mostre sua verdadeira face.
Saia dessa alma.
Você não a tem.

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