terça-feira, 2 de junho de 2009

Feridas na carne

Com os olhos abertos não pude ver
As cerrar os olhos foi-me nítido contemplar
Sombras preseguidoras
Que querem de mim?


Uma delas me oferece uma rosa
Outra me desfere um golpe na face
A terceira me reverencia
A mais serena delas apenas me observava...


Que querem de mim?
Seja o que for, lancei mão da minha espada!
Mas eis que a sombra que me golpeou levanta-se com ira
Então a mais serena ergue sua mão em sinal de contê-la


Ao sinal de seu líder,
A que me ofereceu a rosa, lança-a em meu rosto
Seus espinhos ferem minha carne
Sinto o sangue escorrer...


Uma multidão que acompanhava tal cerimônia
Bradavam palavras de ordem...
Foi com ímpeto que abre meus olhos,
E em meu rosto não há ferimentos


Onde habita a realidade?
Dentro ou fora de mim?
A resposta está ao lado de meu travesseiro
Alí está... a mesma rosa... banhada em meu sangue...

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