terça-feira, 28 de julho de 2009
toca o celular... Oi amor Tem jantar em casa? Esquenta o que sobrou do almoço. Te espero? Vou ficar na casa do Jaylson, chego mais tarde. Depois de dois anos de relacionamento, alguns tipos de acomodações são sempre vistas.No inicio eu não conseguia sair de casa sem ter certeza de que Reinaldo chegaria às dez e sentaria para jantar o que eu havia preparado.Com o passar do tempo percebi que não fazia diferença comprar a comida ou fazer, os elogios diminuíam, a mordomia aumentava e tudo que eu ganhava era um sexo relaxante antes de dormir. Ainda hoje lembro da maneira que nos conhecemos.Estava saindo da praia quando bati em seu carro.Fiquei maluco pois não havia pago a prestação do seguro.Ele tinha acabado de gravar um comercial e ainda vestia um terno charmoso.Foi muito elegante, talvez ainda estivesse na personagem.Durante duas semanas fui trabalhar aproveitando sua carona e só assim percebi que a gentileza era uma de suas qualidades. No ultimo natal resolvi apresentar Reinaldo a minha família e retribuir o gesto que ele havia exercido ha alguns meses atrás.Confesso que para mim não foi fácil ver o olhar de decepção do meu pai, mas adorei quando ele perguntou quem era o ativo da relação. Às vezes me pergunto o que nos torna um casal, se a cumplicidade sempre que escuto seu dia-a-dia deitado na cama, ou mesmo o sexo antes de dormir e depois do café da manhã.Talvez não saiba a formula de tal união, talvez este seja o segredo da nossa combinação, nunca saber se estamos juntos por algum motivo, mas estar junto por sentir necessidade de tê-lo comigo
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