quinta-feira, 5 de novembro de 2009

escuridão

Acordo, nuvens espessas pairam sobre a minha cabeça, faz frio.

A escuridão me alcançou, sopra um vento tão feio e forte que piora as coisas, não consigo enxergar, não consigo sentir, agora ouso sons, são assas e barulho de abutres, esta ficando mais perto, senti uns deles pousar perto de mim, agora estão me ferindo, estão me comendo vivo, eles não ouvem os meus gritos, não consigo me mover, agora sei o que esta acontecendo, eles não me ouvem gritar porque minha boca esta amordaçada, amordaçada pelos laços familiares que não me permite falar o que penso. O respeito por esse laço não me deixa gritar, os mesmos laços acorrentam minhas mãos e pernas e não me deixam reagir, os laços do respeito, do sangue e da necessidade, os abutres rasgam minha carne, se alimentam do meu sangue, sinto muita dor, quero reagir e a escuridão esta cada vez pior, eu não consigo mais enxergar nada, o barulho das bicadas e da carne sendo rasgada enche o ar, e eu de verdade estou com medo, medo de ser totalmente devorado pelos familiares que se aproveitam de ser mais velhos, de serem os “respeitados e fortes” da família me destruir, aqueles que aproveitam estão me matando, e hora de reagir? Não posso, é a minha família, a família que esta me destruindo..



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